rascunho

Educação Infantil


Fundamentos da Educação Infantil
compreendendo os seus quatro eixos principais: o cognitivo, o motor, o emocional e o social. 


Ser criança, viver a infância...
[mapa mental]



Contando o tempo 

É preciso ter em vista as singularidades de cada criança, afinal, seu contexto histórico-cultural adentra a sala junto com ela, influenciando diretamente os seus processos de ensino-aprendizagem. Isso se reflete diretamente na organização do tempo, que é peculiar à cada uma. Desse modo, o tempo deve ser cautelosamente pensado na Educação Infantil, devido ser um fator determinante da forma como a criança irá compreender a sua vida. 

Sendo assim, é papel da instituição escolar, manifesto na relação direta entre o professor da Educação Infantil e as crianças, trabalhando em conjunto com a família, mediar a compreensão das "distintas dimensões do tempo: a duração, a periodicidade, alternância, a sequência, os ritmos, as transições, a seriação, a repetição [...]" (FULANO, 2006, p. 17). 
   
Diante disso, é essencial ter em vista que a criança deve ter participação ativa na construção da organização do tempo, uma vez que as relações de significação são pessoais, e também, potencializadoras de sua autonomia. É a criança quem vai desenvolver as habilidades de adaptação e de criação do seu próprio tempo, conforme ela vai assimilando e classificando o que vem a ser prioridade em sua vivência. Entretanto, essa experiência não é isenta de mediação. Um dos produtos principais da mediação do educador é o hábito, o qual, por meio da intencionalidade conduz às crianças a se familiarizarem com os marcadores do tempo, como o relógio e o calendário. 

É necessário que a construção da compreensão da criança a respeito desses indicadores desperte seu interesse, logo, não é subordinando todas as crianças da classe ao ritmo social determinado pelo sistema capitalista, atropelando assim suas necessidades. E sim, práticas pedagógicas que permitam as crianças à experienciar suas próprias descobertas e vivências individuais, de acordo com seu tempo individual.

  
Compreendendo o Cotidiano e Montando a Rotina


Pensando o Espaço - Elemento Espelho

O espaço é o retrato da relação pedagógica.  FREIRE Madalena, 1986 

O espaço é um elemento primordial na educação infantil, desta forma, se faz necessário pensarmos em estratégias de organização para compor este espaço que seja capaz de proporcionar um ambiente de vivências e de relações constitutivas para a criança adaptar-se e se reconhecer. Barbosa, Maria (2006), afirma que “a organização do ambiente traduz uma maneira de compreender a infância, de entender seu desenvolvimento e o papel da educação e do educador”.

É comum vermos o uso de espelho como elemento para compor a sala de aula, na educação infantil. Porque será?

Segundo Wallon, (1995), a distinção entre o eu e o outro só se adquire progressivamente, num processo que se faz nas e pelas interações sociais.

O espelho é um importante instrumento para a construção da identidade. Por meio das brincadeiras que faz em frente a ele, a criança começa a reconhecer sua imagem e as características físicas que integram a sua pessoa. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

de maneira a que as crianças possam reconhecer-se, imitar-se, olhar-se, admirar-se.

 É aconselhável que se coloque na sala, um espelho grande o suficiente para que várias crianças possam se ver de corpo inteiro e brincar em frente a ele

Referências
Barbosa, Maria. Por amor e por força: rotina na educação infantil, Porto Alegre : Artmed, 2006.

Henri Wallon. Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil, de Izabel Galvão. Petrópolis: Vozes, 1995. p.50.

Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

FREIRE, Madalena. Dois Olhares ao Espaço-Ação na Pré-Escola. In: MORAIS, Regis de (org.). Sala de Aula: que espaço é esse? Campinas: Papirus, 1986.